quinta-feira, 31 de julho de 2008
Cronologia
1524-1525
Estas são datas prováveis do nascimento em Lisboa de Luís Vaz de Camões.
1548
Faz a sua inscrição para o Ultramar, no Ribatejo.
1549
Embarca numa viagem para Ceuta; e nessa, perde o olho direito numa luta contra os árabes.
1551
Regressa a Lisboa.
1552
É preso, pois numa luta, fere um funcionário da Cavalariça Real.
1553
Embarca para o Oriente depois de ser libertado.
1554
Parte de Goa numa perseguição a navios comerciais árabes, com o comando de Fernando de Meneses.
1556
É eleito provedor em Macau.
1562
É novamente preso, mas desta vez por dívidas não pagas; mas o vice-rei Conde de Redondo liberta-o.
1567
Segue para Moçambique.
1570
Regressa a Lisboa na nau Santa Clara.
1572
Os Lusíadas são editados pela primeira vez.
1579-1580
Morre devido à peste, em Lisboa.
A Poesia Lírica Camoniana

É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Luís de Camões (1524-1580)
Camões é tradicionalmente considerado o maior poeta lírico português. A poesia lírica de Camões apresenta-se marcada por uma dualidade: ora são textos de nítida herança da tradicional poesia portuguesa, inclusive escritos em redondilhas; ora são poesias perfeitamente enquadradas no estilo novo do Renascimento. Entretanto, não se pode dizer que Camões tenha conseguido isolar suas influências; pelo contrário, elas aparecem misturadas, fundidas, resultando daí uma obra típica do século XVI.
Biografia

A vida de Camões ainda permanece pontilhada de dúvidas. Admite-se como data mais provável de seu nascimento o ano de 1524. Era filho de Simão Vaz de Camões e de Ana de Sá de Macedo, e descendente de uma família de fidalgos decadentes. Teria freqüentado por algum tempo a Universidade de Coimbra. Serviu como militar no norte da África, onde, ferido em combate, perdeu o olho direito. Com certeza, em 1550 vivia em Lisboa e freqüentava a corte; em 1552 foi preso por ter agredido um oficial do rei e só foi posto em liberdade em 1553, indo direto para o exílio. Inicia-se assim uma longa jornada de 17 anos de exílio, tendo o poeta vivido nas colônias portuguesas da África e da Ásia, chegando a morar em Macau, colônia portuguesa na China. Foram anos de dificuldades econômicas e algumas passagens pela cadeia. Só retorna a Portugal em 1570, após a morte de D. João III, já com Os Lusíadas terminados; em 1572 é publicada a primeira edição do poema. D. Sebastião, rei de Portugal a quem havia sido dedicado o poema, concede-lhe uma pensão de 15000 réis por ano, quantia que o poeta recebeu sem regularidade.
Morre na miséria em 10 de junho de 1580, sendo enterrado como indigente, em vala comum.
Sua obra é composta de poesias líricas, uma poesia épica, três peças para teatro e algumas cartas.
Morre na miséria em 10 de junho de 1580, sendo enterrado como indigente, em vala comum.
Sua obra é composta de poesias líricas, uma poesia épica, três peças para teatro e algumas cartas.
(Por Aline Kornatzki, em 1999)
quarta-feira, 30 de julho de 2008
O Poeta: Camões

"Viajante, letrado, humanista, trovador à maneira tradicional, fidalgo esfomeado, numa mão a pena e noutra a espada, salvando a nado num naufrágio, manuscrita, a grande obra da sua vida, Camões assumiu e meditou a experiência de toda uma civilização cujas contradições viveu na sua carne e procurou superar pela criação artística".
Antonio José Saraiva e Oscar Lopes
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